quinta-feira, 12 de agosto de 2010

um Passeio
“Castro Laboreiro”
Com início e fim em Castro de Laboreiro, o Passeio, foi empreendido com a presença de 9 BTTistas. As condições atmosféricas foram muito favoráveis – estava um dia magnífico! Com uma distância que não ultrapassou os 50 km, o Passeio decorreu em trilhos muito bons na parte Portuguesa e Espanhola. Passamos em Campelo, Eiras e Padrosouro aldeias do lado Português, depois saltamos para Espanha, atravessando um Planalto magnífico e descemos (e que descida) para Fraga, onde fomos recebidos com um grande fuguetório. Coincidência apenas, já que estava a acontecer uma Festa Religiosa. Paramos ai para comer alguma coisa e fazermos os habituais comentários do percurso passado. Um furo foi a única nota a registar.
De Fraga seguimos para Bangueses (Esp). Para ai chegar tivemos que vencer a primeira de duas subidas (!). - É principalmente nestas alturas que o corpo precisa da mente. O acto de pedalar, de ultrapassar o terreno duro, íngreme e de piso muito irregular, faz desta actividade uma actividade difícil, física e mental. Neste momento de “sofrimento”, a nossa mente, passa em pequenos flashes os últimos dias da nossa vida, os bons e maus momentos. Faz uma avaliação dos desses momentos, sobre a tensão do esforço muscular, do acto. É aqui que talvez esteja a diferença. O que nos pareceu difícil de ultrapassar, de julgar, de perdoar, de avaliar, neste momento é visto por uma perspectiva diferente! O resultado é que, reavaliamos todas as nossas atitudes.
Continuando o relato. Em Bangueses tivemos alguma dificuldade para descobrir o trilho. Mas felizmente que demos com Gentes boas e a língua não foi problema, de pressa encaminhamos para o nosso destino, a segunda subida. Era de facto uma verdadeira subida. Cerca de 6 km para atingir os 1.100 m e voltar ao Magnifico Planalto do Castro. Pelo meio da Aldeia de Balgueses separamo-nos de um elemento, do Jorge. Depois de alguma expectativa lá apareceu o Jorge. Já no Planalto fizemos a ultima paragem para abastecer. Já com 45 Km nas pernas passamos a fronteira e iniciamos o regresso a Castro Laboreiro, passaríamos ainda pelas aldeias de Rodela e Queimadelo. Em Rodelo constatamos, infelizmente, o que já começa a ser habitual nas nossas Aldeias do interior, era uma Aldeia fantasma!
Para percorrer os 2 km que antecediam a Aldeia de Rodelo, percorremos um “single track” muito bom onde se registou a avaria, que viria a ser a mais grave, já que impossibilitou o Nuno de continuar. Uma escora partida. Rapidamente carregada a bic no Jipe do “fotógrafo”, lá regressamos nós a Castro de Laboreiro.
Apesar desta prática ser um desporto individual, vale-se muito do companheirismo. Quando se vai em esforço, em dificuldades físicas e psíquicas, ter um companheiro a dar-nos ânimo é muito importante.
Normalmente, praticantes habituais têm tendência para se agruparem a companheiros com quem simpatizam mais. Por isso há hoje muitos grupos de praticantes que mesmo sem se oficializarem como associações, quase que o são. Organizando as Domingueiras, Passeios e outras actividades. Com facilidade encontras onde vives grupos destes que te recebem com agrado.

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