quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Exemplo de satisfação
Andar de bike é um acto de difícil compreensão. Se a Bike foi inventada com o fim de ser um meio de transporte, hoje apesar de em alguns lugares do mundo (Holanda, China, países Asiáticos em Geral), por motivos diferentes ainda o ser, não deixa de ser estranho que haja pessoas como nós.
Andar de Bike de noite, uma vertente recente, com muito potencial de adesão, quer pelo horário mais compatível, quer por ser um desafio diferente, onde os mesmos trilhos, percorridos de Noite, tem outro enquadramento outros desafios, outra magia.
Na passada Quarta-Feira fui com o grupo de JM. Saímos em cima das 8.00h, noite escura (um pouco de Luar), éramos um grupo de 8. Uns com mais outros com menos Luz, pessoalmente gosto do desafio da escuridão! Um pouco de luar, dá-me a luz suficiente para poder “ver”.
É uma experiência que recomendo, diferente, muito “só”, ainda mais introspectiva do que a experiência de dia.
Nesse dia fizemos 30 e poucos quilómetros, por trilhos conhecidos de dia, mas completamente novos com a Noite!
Gostava de conseguir transmitir o que nos vai na alma, quando andamos de Bike. É uma condição de movimento para o qual não fomos criados (o criador achou que devia-mos andar com dois membros!), talvez por isso seja tão, tão…
Um destes dias (quarta-feira) safei-me cedo do trabalho e fui andar só. Logo que comecei começou a cair uma chuva bem pesada. Fez-me logo lembrar “Maratona da Mealhada”, mas continuei. Fui a descoberta de novos trilhos perto de casa, ao mesmo tempo testar o meu GPS, que continua a dar-me seca.
Depois de percorrer 2 km já estava fora de estrada e a calcorrear monte e campos de erva e plantações de Eucaliptos, felizmente limpos. O terreno estava pesado e muito molhado.
Lá ia eu a pensar, como até não tinha grande vontade de começar e agora ia deliciado com o giro. Atravessei a A7 depois de percorrer alguns metros de corta mato, com a Bic ás costas claro! Quando dei por mim já estava em Fradelos. Encontrei então alguns trilhos já conhecidos e continuei, sempre com a chuva como companhia e que chuva!
A noite começou a cair e comecei a tomar a direcção de casa. Pelo caminho ficou a minha luz traseira. O remédio foi por a da frente a trás. Mesmo assim continua a ser um perigo circular nas nossas estradas, os nossos parceiros automobilistas, não são ensinados a conviver com as Bike. Por duas vezes tive que olhar por mim e pelo condutor do Carro!
Cheguei a casa. Muitíssimo molhado. Os pés Molhados mas quentes, graças á tecnologia dos nossos dias. O Sérgio vendeu-me umas peúgas “made in Noruega”, com uma composição de fibras incrível. Tirei-as dos pés, estavam completamente ensopadas, mas estavam quentes! Um banho relaxante, uma comida deliciosa, como sempre lá em casa, graças á minha adorada e paciente esposa, fez desta singela Quarta-Feira um dia feliz - (pelo menos até a altura em que o meu Sporting perdeu em penaltis, a ida á final da Taça de Portugal 2005/2006!?).

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