sábado, 8 de janeiro de 2011

Os Desafios/Companheiros
Eu costumo dizer que sou imune aos “picanços”. De uma coisa eu tenho consciência, a minha capacidade tem muitas limitações. O treino/prática, a idade, a vontade, condiciona-me as performances.
Neste desporto (alias em todos os desportos), o treino (bem orientado), é essencial para um bom desempenho. Se achares que não precisas, porque já és um “crac”, um dia vais ter uma desilusão. A humildade é uma virtude em qualquer temperamento, muito mais se queres ser um bom praticante desportivo.
Tinha um companheiro (já falecido-52 anos), que era o exemplo do que não deve ser um desportista. Alem das virtudes que todos temos, tinha também os defeitos que um desportista não deve ter, principalmente no nosso desporto; Álcool, Cigarro, Teimosia e Arrogância. Já está do outro lado e que descanse em paz! Ele tinha um dito, bem verdadeiro; Quando parávamos para comer ou simplesmente descansar, ele imediatamente puxava de um cigarro (!) e nós dizíamos: “Sr. Cabral você ainda vai morrer!”; e ele respondia: “ E você não vai?!”…
Importante é também teres um companheiro para te acompanhar nas grandes tiradas. Mesmo que não seja muito conversador, a sua presença é um complemento psicológico importante. A este propósito não posso deixar de salientar um companheiro (e amigo) que já me acompanhou em milhares de quilometros, sendo um excelente conversador e contador de histórias, ele é o companheiro ideal! Obrigado RUI (de Viana pois claro)!
Os companheiros servem também para nos ajudar a lembrar as nossas limitações, mesmo que seja indirectamente, os alertas deles são importantes. Corria o ano de 2006, na Maratona de Esposende, o meu grande amigo Rui, que me acompanhava, a dado altura disse e com toda a propriedade, Alves acho que vamos num ritmo muito forte! Assim era, reduzimos e foi a minha (nossa, nessa altura já nos acompanhava o Alexandre um companheiro que estava num dia Não!) salvação, mesmo assim aconteceu-me um episódio que nunca me tinha acontecido, dor intensa na cabeça e náuseas (Km 86). Na minha idade foi motivo de preocupação. Acabei por concluir tratar-se apenas de cansaço. Uma pausa e águas das pedras com Coca foram o remédio! Apenas só dizer que esta Maratona foi particularmente desgastante – perdi 4kg de Peso!
Estes desafios devem ser encarados como aventuras não como corridas, nas aventuras todos ganhamos, experiência, companheirismo, divertimento e muitas coisas mais, nas Corridas só pode haver um vencedor, só um ganha

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