As Pistas / Trilhos
Para praticar o BTT precisas de uma Bike razoável, mas se não percorreres umas boas pistas/trilhos, a Bike pouco conta. O ideal será ter as duas coisas.
Em Portugal temos boas Pistas, muito boas pistas para todos os gostos. Se começarmos no Norte (ex. Castro Laboreiro), temos bons pisos, com acumulados a tocar a violência (!). Se descermos um pouco (ex. S. Luzia Viana) as pistas são do melhor que há. No Nordeste transmontano na zona do Parque de Montezinho (ex. Vinhais) temos pistas mistas de bons pisos misturado com pisos mais perigosos de pedra solta e afiada. Mais a sul um pouco (ex. Tua – Douro), se percorreres as vinhas do famoso Douro usufruis de um espectáculo duro mas deslumbrante (escolhe a altura das vindimas e regala-te com umas boas Uvas). Na região do Centro (Ex. Caramulo) temos pistas de muita dureza, assim como na Serra da Estrela. Se preferires umas pistas mais rolantes vai até ao Alentejo. No Algarve apesar de nunca ter feito nada lá, parece-me ter bons trilhos.
Muitos truques há, para percorrer todos os trilhos com mais segurança, mas essencialmente é preciso andar concentrado nas zonas perigosas (descidas, pisos difíceis e técnicos) e conhecer-mos as nossas limitações.
Depois de te iniciares neste desporto vais logo perceber quais as tuas preferências, subidas longas, subidas técnicas e curtas, descidas técnicas ou descidas de grande velocidade e difíceis. As situações vão aparecer e tu vais perceber que este desporto é ÚNICO! Não é possível fazer uma definição objectiva desta actividade. Ela é encarada por cada um, de maneira diferente. Há aqueles que gostam de percorrer grandes distancias, outros que preferem os passeios curtos e Técnicos e por ai fora…Quando falo de Técnicos, trata-se de percursos onde a agilidade, a capacidade de equilíbrio de força instantânea, ou de habilidade para ultrapassar obstáculos é mais precisa. Instintivamente temos logo noção destas faculdades, depois é só uma questão de pratica e depressa estarás a dominar os traks com toda a confiança.
Para poderes usufruir todos estes trilhos com toda a segurança, mesmo fazendo-o só – apesar de ser uma fórmula que usei muitos anos, não a aconselho – existe uma ferramenta essencial o GPS. Nos anos que percorri muitos quilometros só, não dispensava a Carta Militar 1/25000, para me ajudar na orientação. Devo no entanto concordar que a orientação por Carta não é para todos. Mas com o GPS e com o Banco de “traks” (percursos já verificados) disponíveis nos vários Sítios da Net, hoje é muito fácil dar uns bonitos passeios. Por isso gasta mais uns cobres e pões pernas ao caminho por esse Portugal fora!